"Uma das características marcantes da atual fase da revista Veja – e que a diferencia de um veículo noticioso – é a editorialização das reportagens. É bem verdade que em maior ou menor grau, os jornalões brasileiros também trazem em suas matérias um bocado de opinião travestida de informação, mas nenhum vai tão longe quanto Veja. No limite, é até complicado para os leitores comuns perceberem o que é fato e o que é contrabando ideológico no semanário da Abril, o mais vendido do país.
Um ótimo exemplo deste tipo de "confusão" está na reportagem de capa da edição corrente da revista (nº 2106, de 1/4/2009). Com o chamativo título "A queda da casa de luxo", a prisão da empresária Eliana Tranchesi, dona da Daslu, foi tema da "Carta ao Leitor", que na prática é o editorial da publicação, e de uma longa reportagem assinada por Laura Diniz, Bel Moherdaui e Sandra Brasil. (...)
O lide da matéria realmente revela os principais eventos relacionados à prisão da dona da Daslu, mais eis que no segundo parágrafo começa o contrabando ideológico: "Assim como ser pobre não é qualidade, ser rico não é um crime, ao contrário do que esperneiam os demagogos de credo esquerdista. A riqueza, no mundo capitalista moderno, é fruto de trabalho, ousadia e criatividade – e, como tal, produz emprego, consumo e outras oportunidades de negócios num ciclo virtuoso", diz a "reportagem".
Se parasse por aí, poderia ser apenas um pequeno lembrete, redundante com o editorial, é bem verdade. Mas a coisa vai mais longe, muito longe: "A Daslu parecia concentrar todos esses atributos [trabalho, ousadia e criatividade], por mais que seus detratores a apontassem como um ícone da ostentação e da futilidade – que, aliás, estão entre os direitos garantidos a qualquer cidadão numa democracia". (...)
O que vem depois desta vigorosa defesa do liberalismo econômico volta a ser uma reportagem, embora com fatos escolhidos e dispostos de maneira a emocionar o leitor com a fragilidade da saúde da empresária, que desde 2006 luta contra um câncer. Nada contra o relato, faz parte da história e traz uma dimensão mais pessoal do drama de Eliana Tranchesi. Não é pouca coisa lutar contra uma doença grave e ao mesmo tempo se defender em um processo judicial com o valor de causa tão exorbitante quanto o que a empresária enfrenta, de cerca de R$ 600 milhões.
Humano, demasiadamente humano, porém, é o trecho em que as repórteres explicam como foi o dia da dona da Daslu atrás das grades:"Eliana dormiu sozinha numa cela de 9 metros quadrados, onde às 21h30 de quinta-feira foi instalado um colchão especial recomendado pelo médico. Também recebeu frutas, livros, lençóis e toalhas. Na sexta-feira, almoçou a comida da prisão (arroz, feijão e frango). Na mesma entrevista, ela manifestou seu `inconformismo pela injustiça que estou vivendo e pela desproporção da pena´. `Tenho a sensação de que o tempo parou enquanto a vida corre lá fora´, comparou. E anunciou seu primeiro projeto em liberdade: `A evangelização em favelas onde o tráfico é intenso´."
Pode ser tudo verdade – provavelmente os fatos são esses mesmos –, mas o que se percebe na construção da reportagem é um encadeamento para comover o público e convencer os desavisados que a lutadora e sensível empresária foi parar no Carandiru por uma dessas maldades que acomete juízes despreparados. (...)
Assim, ao terminar a reportagem de Veja, o leitor fica com a impressão de que uma barbaridade foi cometida contra a empresária e também contra o "direito de empreender".
Tudo somado, a mensagem final da matéria é rigorosamente a mesma da "Carta ao Leitor": "Sim, os ricos também sofrem (e isto não é nada bom para o Brasil)".
No mais, a única coisa que ninguém vai achar nas páginas de Veja em matérias sobre a Daslu é uma explicação, breve que fosse, sobre o que seria possível ao governo fazer com o valor sonegado pela boutique – quantas moradias, cestas básicas, ligações de água e esgoto ou qualquer outra medida comparativa. Claro, o dinheiro extra que foi para o caixa da empresa deve ter garantido o emprego de alguns, mas em detrimento da carência de muitos. Já dizia Chico Buarque em uma antiga canção: "A dor da gente não sai no jornal". Na Veja então, nem pensar... " (Fonte: Observatório da Imprensa)
2009-03-31
Leituras da VEJA: Os ricos também sofrem
2009-03-29
ANPR critica declarações de Gilmar Mendes
"O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Antonio Carlos Bigonha, criticou os comentários do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, sobre o controle da polícia pelo Ministério Público.
"Lamento que um assunto tão sério seja tratado num tom de galhofa pelo presidente do STF", diz Bigonha. "O tema deve ser tratado com respeito, com postura firme e séria".
Na terça-feira (31/3), Gilmar Mendes sugeriu a criação de um órgão de corregedoria judicial de polícia e afirmou que "o controle do MP, em muitos casos, é algo lítero-poético-recreativo, porque não tem funcionado a contento".
Segundo o presidente da ANPR, "o controle da polícia foi fixado pela Constituição de 1988 pelo povo brasileiro, a missão foi destinada ao Ministério Público pelo povo".
"Deslocar essa missão para outra instituição é manobra diversionista e não resolve o problema", diz.
"Me preocupo quando o ministro diz que quem decide é o Supremo. Quem decide é o Congresso Nacional, assim como quem avalia o Ministério Público é a sociedade brasileira", concluiu Bigonha. ”." (Fonte:Blog do Fred)
2009-03-28
Observatório da Imprensa: O silêncio dos jornais
"A Folha de S.Paulo e o Globo ignoraram a notícia, mas o Estado de S.Paulo publica na edição de terça-feira (24/3), com destaque, que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região impôs ontem uma importante derrota à estratégia de defesa do banqueiro Daniel Dantas. (...)
A defesa de Daniel Dantas queria que a Justiça Federal considerasse irregular a parceria feita entre a Polícia Federal e a Agência
Brasileira de Inteligência – Abin – durante as investigações. Se a Justiça acatasse essa tese, o processo poderia ser abortado, mas os magistrados votaram por unanimidade considerando que a ação conjunta entre a Abin e a Polícia Federal não tem nada de errado.
Fica, portanto, sobre a mesa, uma questão incômoda para ser respondida pela imprensa. A quem mais, a não ser ao próprio Daniel Dantas, interessaria toda a campanha feita principalmente pelos jornais O Globo e Folha de S.Paulo e pela revista Veja, no sentido de criminalizar as ações da Polícia Federal junto com a Abin?
Fica evidente, até mesmo para o leitor mais distraído com a paisagem, que parte da imprensa brasileira tem dedicado os últimos meses mais energia e espaço à tentativa de desqualificar os investigadores do que a investigar o acusado.
Foi tão desproporcional a concessão de espaço para supostas revelações sobre desmandos atribuídos ao delegado Protógenes Queiroz e ao juiz responsável pelo caso Satiagraha, Fausto de Sanctis, que algum leitor poderia supor que o delegado e o juiz é que eram os principais acusados.
O fato de parte da imprensa omitir na terça-feira (24) de seus leitores que a Justiça Federal considera normal a parceria entre a Polícia Federal e a Abin chega a soprar na brasa da teoria conspiratória segundo a qual o banqueiro contaria com a solidariedade de algumas redações.
Será que foi apenas um "furo" do Estadão? Os outros jornais não têm acesso à agenda da Justiça Federal?
Depois de todo barulho a respeito das ações conjuntas entre as duas instituições, o silêncio da Folha e do Globo chega a ensurdecer." (Fonte: Observatório da Imprensa)
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2009-03-26
Nota de Senadores e Deputados sobre Protógenes
Vejam a nota divulgada pelos Senadores Augusto Botelho, Eduardo Matarazzo Suplicy, Inácio Arruda, José Nery e Pedro Simon; Deputadas Luciana Genro e Janete Capiberibe e Deputados Antonio Carlos Biscaia, Chico Alencar, Ivan Valente:
"Na manhã de hoje, no gabinete do Senador José Nery, recebemos a visita do delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, que investigou as ações do Grupo Opportunity e de seu principal proprietário, Daniel Dantas. Muitas dessas ações foram consideradas como criminosas.
Após ouvirmos o delegado, telefonamos para o Deputado Marcelo Itagiba, Presidente da CPI das Escutas Telefônicas, e lhe transmitimos nossa preocupação com sua disposição em dar ordem de prisão ao delegado, por ocasião de seu depoimento previsto para 1º de abril próximo, conforme publicado na imprensa.
De pronto, o deputado Marcelo Itagiba afirmou que não faria isso com o Dr. Protógenes Queiroz, com quem mantém uma relação de respeito. Também disse que o propósito da CPI é ouvi-lo, assim como ao Dr. Paulo Lacerda, ex-diretor da Abin, por considerar que eles teriam deixado de falar a verdade com relação à solicitação à Abin para que colaborasse na Operação Satiagraha.
Teriam, portanto, prestado falso testemunho em seus primeiros depoimentos à Comissão. Com respeito às questões que seriam colocadas ao Delegado Protógenes sobre as ações consideradas criminosas do Grupo Opportunity e do Sr. Daniel Dantas, o Deputado Marcelo Itagiba afirmou não ser essa a finalidade da CPI, que apenas apura a questão das
escutas ilegais.
O delegado nos esclareceu que, de fato, não houve solicitação formal à Abin para colaborar com a Operação Satiagraha. Isso ocorreu de maneira informal.
Não há, portanto, registro documentado feito à Abin. Por outro lado, consideramos de grande importância a decisão unânime do Tribunal Regional Federal da 3ª. Região, de 23 de março, que afirma, “o compartilhamento dos dados sigilosos entre a Polícia Federal e outros órgãos do Estado, Comissão de Valores Mobiliários, Banco Central, Receita Federal, ocorre ordinariamente e não causa nenhuma perplexidade”.
Asseveraram que a Lei 9883/99 indica a possibilidade de órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) compartilharem dados sigilosos. Isso significa que não poderá ser anulado o resultado da apuração feita pela Operação Satiagraha, como era o objetivo dos advogados do Sr. Daniel Dantas.
O que avaliamos como da maior relevância é que se avance com rapidez na apuração de quais foram as operações realizadas pelo Grupo Opportunity, efetivamente consideradas atentatórias à legislação brasileira, especialmente às ações realizadas no mercado financeiro, tanto no Brasil quanto em suas vinculações com o exterior.
É importante se assegurar o direito de defesa ao Sr. Daniel Dantas e aos seus sócios. O que não se pode admitir é que haja um esforço enorme para que se esqueça o mais importante: que em nosso país as pessoas ricas e influentes junto a órgãos da República também devem ser devidamente investigadas por atos que possam significar ofensa à lei.
Que prioridades não sejam invertidas e energia desperdiçada na tentativa de desqualificar um criterioso trabalho de investigação, bem como seu condutor. É de fundamental interesse para a nação que se conclua a apuração iniciada."
ANJUFE responde a Gilmar Mendes
"A Associação dos Juízes Federais do Brasil - AJUFE, entidade de âmbito nacional da magistratura federal, vem a público manifestar sua veemente discordância em relação à afirmação feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, que, ao participar de sabatina promovida pelo jornal “Folha de S. Paulo”, disse que, ao ser decretada, pela segunda vez, a prisão do banqueiro Daniel Dantas, houve uma tentativa de desmoralizar-se o Supremo Tribunal Federal e que (sic) “houve uma reunião de juízes que intimidaram os desembargadores a não conceder habeas corpus”.
Conquanto se reconheça ao ministro o direito de expressar livremente sua opinião, essas afirmações são desrespeitosas aos juízes de primeiro grau de São Paulo, aos desembargadores do Tribunal Regional Federal da Terceira Região e também a um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Com efeito, é imperioso lembrar que, ao julgar o habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal em favor do banqueiro Daniel Dantas, um dos membros dessa Corte, o ministro Marco Aurélio, negou a ordem, reconhecendo a existência de fundamento para a decretação da prisão. Não se pode dizer que, ao assim decidir, esse ministro, um dos mais antigos da Corte, o tenha feito para desmoralizá-la. Portanto, rejeita-se com veemência essa lamentável afirmação.
No que toca à afirmação de que juízes se reuniram e intimidaram desembargadores a não conceder habeas corpus, a afirmação não só é desrespeitosa, mas também ofensiva. Em primeiro lugar porque atribui a juízes um poder que não possuem, o de intimidar membros de tribunal. Em segundo lugar porque diminui a capacidade de discernimento dos membros do tribunal, que estariam sujeitos a (sic) “intimidação” por parte de juízes.
Não se sabe como o ministro teria tido conhecimento de qualquer reunião, mas sem dúvida alguma está ele novamente sendo veículo de maledicências. Não é esta a hora para tratar do tema da reunião, mas em nenhum momento, repita-se, em nenhum momento, qualquer juiz tentou intimidar qualquer desembargador. É leviano afirmar o contrário.
Se o ministro reconhece, como o fez ao ser sabatinado, que suas manifestações servem de orientação em razão de seu papel político e institucional de presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, deve reconhecer também que suas afirmações devem ser feitas com a máxima responsabilidade.
Brasília, 24 de março de 2009.
Fernando Cesar Baptista de Mattos
Presidente da AJUFE"
2009-03-25
Sabatina da Folha com Gilmar Mendes
Assista à íntegra da sabatina da Folha de S.Paulo com o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal. O ministro respondeu a perguntas de jornalistas da Folha e do público presente ao Teatro Folha, em São Paulo.
Sobre o segundo habeas corpus para liberar Daniel Dantas:
"Renata Lo Prete coloca a questão do grampo sem áudio e da chamada “às falas” ao presidente da República. Gilmar diz que fez monitoramento no Supremo Tribunal Federal que detectou algum tipo de escuta. Admite que “pode ter sido alarme falso”, diz ele. Como assim? O gabinete da presidência do STF vazou o relatório para a Veja como se fosse prova
conclusiva de escuta.
Depois, diz que recebeu o repórter da Veja que apresentou a transcrição da conversa com o senador. Aceitou a versão do repórter de que havia recebido a transcrição de um agente da ABIN.
“Agora, veja, eu sou vítima, não cabe a mim apresentar o áudio”, diz ele. É um caradura. Diz que é vítima, que não caberia a ele apresentar o áudio. Mas caberia a ele, na condição de presidente do STF, aceitar acriticamente a versão e acusar a ABIN sem ter provas ou evidências? O presidente do STF foi cúmplice de uma armação." (Fonte: Luis Nassif)
Sobre o segundo habeas corpus para liberar Daniel Dantas:
"Segundo Mendes, a segunda prisão do banqueiro tinha como "único objetivo" desmoralizar o STF. "O objetivo era único, era desmoralizar o Supremo Tribunal Federal. Os fatos para o segundo habeas corpus eram o mesmo [do primeiro]. Tanto que os ministros, por 9 a 1, confirmaram [no julgamento do mérito]", disse Mendes. (...)
Segundo Mendes, havia conotação política no pedido de prisão e isso ficou comprovado em declarações posteriores dos envolvidos na operação policial. "O delegado [Protógenes Queiroz], em uma entrevista, disse que chegou a pensar em uma terceira prisão", disse.
"É difícil desmoralizar o Supremo no atual contexto, mas o objetivo era esse. Houve uma reunião de juízes que intimidaram os desembargadores a não conceder habeas corpus", afirmou o ministro, que foi vaiado pela plateia ao defender a liberdade a Dantas." (Fonte: Folha Online
2009-03-24
Observatório da Imprensa: O silêncio dos jornais
"A Folha de S.Paulo e o Globo ignoraram a notícia, mas o Estado de S.Paulo publica na edição de terça-feira (24/3), com destaque, que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região impôs ontem uma importante derrota à estratégia de defesa do banqueiro Daniel Dantas. (...)
A defesa de Daniel Dantas queria que a Justiça Federal considerasse irregular a parceria feita entre a Polícia Federal e a Agência
Brasileira de Inteligência – Abin – durante as investigações. Se a Justiça acatasse essa tese, o processo poderia ser abortado, mas os magistrados votaram por unanimidade considerando que a ação conjunta entre a Abin e a Polícia Federal não tem nada de errado.
Fica, portanto, sobre a mesa, uma questão incômoda para ser respondida pela imprensa. A quem mais, a não ser ao próprio Daniel Dantas, interessaria toda a campanha feita principalmente pelos jornais O Globo e Folha de S.Paulo e pela revista Veja, no sentido de criminalizar as ações da Polícia Federal junto com a Abin?
Fica evidente, até mesmo para o leitor mais distraído com a paisagem, que parte da imprensa brasileira tem dedicado os últimos meses mais energia e espaço à tentativa de desqualificar os investigadores do que a investigar o acusado.
Foi tão desproporcional a concessão de espaço para supostas revelações sobre desmandos atribuídos ao delegado Protógenes Queiroz e ao juiz responsável pelo caso Satiagraha, Fausto de Sanctis, que algum leitor poderia supor que o delegado e o juiz é que eram os principais acusados.
O fato de parte da imprensa omitir na terça-feira (24) de seus leitores que a Justiça Federal considera normal a parceria entre a Polícia Federal e a Abin chega a soprar na brasa da teoria conspiratória segundo a qual o banqueiro contaria com a solidariedade de algumas redações.
Será que foi apenas um "furo" do Estadão? Os outros jornais não têm acesso à agenda da Justiça Federal?
Depois de todo barulho a respeito das ações conjuntas entre as duas instituições, o silêncio da Folha e do Globo chega a ensurdecer." (Fonte: Observatório da Imprensa)
TRF considera legal colaboração entre PF e ABIN
Cai por terra um dos principais argumentos daqueles que queriam anular a Satiagraha.
Vamos ver o que a VEJA e os defensores de Dantas vão inventar agora, na batalha para anular a Satiagraha.
"O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF 3) impôs ontem importante revés a Daniel Dantas ao rejeitar habeas corpus de sua defesa, que pedia trancamento da ação penal contra o banqueiro por suposta corrupção ativa - crime que o dono do Grupo Opportunity teria praticado para livrar-se da Operação Satiagraha. Em votação unânime, a 5ª Turma do TRF 3 rechaçou tese dos advogados de Dantas, que queriam abortar o processo por causa da parceria da Polícia Federal com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na investigação.
“O compartilhamento de dados sigilosos entre a Polícia Federal e outros órgãos do Estado, Comissão de Valores Mobiliários, Banco Central, Receita Federal, ocorre ordinariamente e não causa nenhuma perplexidade”, concluíram os magistrados. Eles asseveraram que a Lei 9883/99 indica a possibilidade de órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) compartilharem dados sigilosos.
O julgamento do TRF 3 tem impacto sobre a Satiagraha porque neutraliza uma das teses mais contundentes da defesa de Dantas na tentativa de fulminar a investigação. É a primeira manifestação da Justiça acerca da polêmica ação conjunta entre os federais e os arapongas da Abin. Para o TRF, a mobilização de agentes de inteligência em missão de competência da PF é uma possibilidade legal. O TRF decidiu que, mesmo que haja alguma nulidade no inquérito, ela não é suficiente para contaminar toda a ação penal, pois existem outras provas reunidas. Liminarmente, o TRF já havia rejeitado o habeas corpus, impetrado em
11 de novembro - dias depois, Dantas foi condenado a 10 anos de prisão. O julgamento de mérito ocorreu ontem." (Fonte: Blog do Nassif)
Vamos ver o que a VEJA e os defensores de Dantas vão inventar agora, na batalha para anular a Satiagraha.
2009-03-22
A falsa denúncia de Jarbas-VEJA
No painel da Folha de hoje.
"Deixa pra lá. Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) mandou avisar que não irá à CPI dos Grampos falar sobre a suposta espionagem de que teria sido vítima. O senador também disse que não vai cobrar providências da Casa. ”
Comentário
Nem Gilmar, nem a Veja. A CPI já cometeu a imprudência de convocar o pessoal da segurança do STF para falar do relatório sobre escuta ambiental e deu naquilo: constatou-se que a tal escuta ambiental era uma farsa.
Em 90% dessas casos, a denúncia vira pó quando cismam em mostrar as “provas”. É por isso que chegamos a essa maravilha do grampo por escrito.
Repito: jornalista experiente que repercute esses factóides não faz jornalismo: é cúmplice." (Fonte: Blog do Nassif)
A última da VEJA
Você ouviu a última da VEJA? Lá vai...
Como assim???
Depois de toda a auditoria realizada pela CPI, pela VEJA, e pelo Corregedor Vazador da PF, ainda não encontraram *nenhuma* evidência de escutas ilegais. Como ficam então todas as acusações da revista, repercutidas pela grande mídia? Gradualmente a acusação se transforma em uma “ousada máquina de espionagem clandestina”, e o grande erro de Protógenes teria sido o compartilhamento de informações com agentes da Abin -- que faziam parte da investigação!
Sobre este assunto, escreve o jornalista Luis Nassif:
"O delegado Protógenes Queiroz foi indiciado na semana passada pela corregedoria da Polícia Federal por vazamento de informações sigilosas e violação da lei de interceptações telefônicas, crimes praticados durante a operação que resultou na prisão e na condenação do ex-banqueiro Daniel Dantas.
Durante um ano e meio, o delegado comandou uma ousada máquina de espionagem clandestina contra políticos, jornalistas, advogados e autoridades – como demonstram documentos apreendidos em seu computador pessoal –, entre as quais figuras notórias da República, como os ministros Mangabeira Unger e Dilma Rousseff, além do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes."
Como assim???
Depois de toda a auditoria realizada pela CPI, pela VEJA, e pelo Corregedor Vazador da PF, ainda não encontraram *nenhuma* evidência de escutas ilegais. Como ficam então todas as acusações da revista, repercutidas pela grande mídia? Gradualmente a acusação se transforma em uma “ousada máquina de espionagem clandestina”, e o grande erro de Protógenes teria sido o compartilhamento de informações com agentes da Abin -- que faziam parte da investigação!
Sobre este assunto, escreve o jornalista Luis Nassif:
"O juiz Ali Masloum liberou o sigilo do inquérito sobre Protógenes, segundo ele, para impedir manipulação seletiva de textos.
A CPI recebeu e vaza seletivamente para Veja. Veja usa como quer. Todas as reportagens recentes de Veja - sublinho, todas - quando puderam ser confrontadas com as provas, eram manipulações grosseiras. Justamente por isso jamais apareceu o tal áudio da conversa de Gilmar Mendes e o senador Demóstenes.
E justamente por isso, o tal relatório público nunca foi divulgado, Veja faz o que quer desse relatório, que se baseou em material levantado no computador da mulher de Protógenes. Se é uma anotação, uma pesquisa de Google, uma pasta com informações de Internet, pouco importa. Tudo é tratado como se fosse grampo ilegal, investigação oficial sobre terceiros. E Veja espalha lama para todos os lados, na esperança de aumentar as resistências contra a divulgação das
descobertas da Satiagraha.
Só que a prova dos nove, o tal relatório, não aparece. Tudo porque a conclusão final do inquérito é que não se apurou nenhuma ilegalidade."
2009-03-19
Gilmar Mendes censura programa da TV Câmara
E esta é a "Carta aberta aos jornalistas do Brasil", publicada pelo
jornalista após o episódio da censura:
Aqui vai a entrevista censurada:
jornalista após o episódio da censura:
"No dia 11 de março de 2009, fui convidado pelo jornalista Paulo José Cunha, da TV Câmara, para participar do programa intitulado “Comitê de Imprensa”, um espaço reconhecidamente plural de discussão da imprensa dentro do Congresso Nacional. A meu lado estava, também convidado, o jornalista Jailton de Carvalho, da sucursal de Brasília de O Globo. O tema do programa, naquele dia, era a reportagem da revista Veja, do fim de semana anterior, com as supostas e “aterradoras” revelações contidas no notebook apreendido pela Polícia Federal na casa do delegado Protógenes Queiroz, referentes à Operação Satiagraha. Eu, assim como Jailton, já havia participado outras vezes do “Comitê de Imprensa”, sempre a convite, para tratar de assuntos os mais diversos relativos ao comportamento e à rotina da imprensa em Brasília. Vale dizer que Jailton e eu somos repórteres veteranos na cobertura de assuntos de Polícia Federal, em todo o país. Razão pela qual,
inclusive, o jornalista Paulo José Cunha nos convidou a participar do programa.
Nesta carta, contudo, falo somente por mim.
Durante a gravação, aliás, em ambiente muito bem humorado e de absoluta liberdade de expressão, como cabe a um encontro entre velhos amigos jornalista, discutimos abertamente questões relativas à Operação Satiagraha, à CPI das Escutas Telefônicas Ilegais, às ações contra Protógenes Queiroz e, é claro, ao grampo telefônico - de áudio nunca revelado - envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal,ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres, do DEM de
Goiás. Em particular, discordei da tese de contaminação da Satiagraha por conta da participação de agentes da Abin e citei o fato de estar sendo processado por Gilmar Mendes por ter denunciado, nas páginas da revista CartaCapital, os muitos negócios nebulosos que envolvem o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro, farto de contratos sem licitação firmados com órgãos públicos e construído com recursos do Banco do Brasil sobre um terreno comprado ao governo do Distrito Federal, à época do governador Joaquim Roriz, com 80% de desconto.
Terminada a gravação, o programa foi colocado no ar, dentro de uma grade de programação pré-agendada, ao mesmo tempo em que foi disponibilizado na internet, na página eletrônica da TV Câmara. Lá, qualquer cidadão pode acessar e ver os debates, como cabe a um serviço público e democrático ligado ao Parlamento brasileiro. O debate daquele dia, realmente, rendeu audiência, tanto que acabou sendo reproduzido em muitos sites da blogosfera.
Qual foi minha surpresa ao ser informado por alguns colegas, na quarta-feira passada, dia 18 de março, exatamente quando completei 43 anos (23 dos quais dedicados ao jornalismo), que o link para o programa havia sido retirado da internet, sem que me fosse dada nenhuma explicação. Aliás, nem a mim, nem aos contribuintes e cidadãos brasileiros. Apurar o evento, contudo, não foi muito difícil: irritado com o teor do programa, o ministro Gilmar Mendes telefonou ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, do PMDB de São Paulo, e pediu a retirada do conteúdo da página da internet e a suspensão da veiculação na grade da TV Câmara. O pedido de Mendes foi prontamente atendido.
Sem levar em conta o ridículo da situação (o programa já havia sido veiculado seis vezes pela TV Câmara, além de visto e baixado por milhares de internautas), esse episódio revela um estado de coisas que transcende, a meu ver, a discussão pura e simples dos limites de atuação do ministro Gilmar Mendes. Diante desta submissão inexplicável do presidente da Câmara dos Deputados e, por extensão, do Poder Legislativo, às vontades do presidente do STF, cabe a todos nós, jornalistas, refletir sobre os nossos próprios limites. Na semana passada, diante de um questionamento feito por um jornalista do Acre sobre a posição contrária do ministro em relação ao MST, Mendes voltou-se furioso para o repórter e disparou: “Tome cuidado ao fazer
esse tipo de pergunta”. Como assim? Que perguntas podem ser feitas ao ministro Gilmar Mendes? Até onde, nós, jornalistas, vamos deixar essa situação chegar sem nos pronunciarmos, em termos coletivos, sobre esse crescente cerco às liberdades individuais e de imprensa patrocinados pelo chefe do Poder Judiciário? Onde estão a Fenaj, e ABI e os sindicatos?
Apelo, portanto, que as entidades de classe dos jornalistas, em todo o país, tomem uma posição clara sobre essa situação e, como primeiro movimento, cobrem da Câmara dos Deputados e da TV Câmara uma satisfação sobre esse inusitado ato de censura que fere os direitos de expressão de jornalistas e, tão grave quanto, de acesso a informação pública, por parte dos cidadãos. As eventuais disputas editoriais, acirradas aqui e ali, entre os veículos de comunicação brasileiros não pode servir de obstáculo para a exposição pública de nossa indignação conjunta contra essa atitude execrável levada a cabo dentro do
Congresso Nacional, com a aquiescência do presidente da Câmara dos Deputados e da diretoria da TV Câmara que, acredito, seja formada por jornalistas.
Sem mais, faço valer aqui minha posição de total defesa do direito de informar e ser informado sem a ingerência de forças do obscurantismo político brasileiro, apoiadas por quem deveria, por dever de ofício, nos defender.
Leandro Fortes
Jornalista
Brasília, 19 de março de 2009"
Aqui vai a entrevista censurada:
Entrevista com Protógenes (video)
Entrevista exclusiva ao UOL Notícias com o delegado Protógenes Queiroz.
2009-03-15
De Grandis desmente VEJA
"BRASÍLIA - O procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pelas investigações da Operação Satiagraha, negou ter sido informado pelo delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz sobre a participação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas investigações do caso.
Em nota à imprensa, o procurador responde à Veja desta semana - segundo a revista, durante a operação, o delegado Protógenes teria sido apoiado por “mais de 80 espiões da Abin”, e ele (de Grandis) e o juiz federal Fausto De Sanctis teriam conhecimento do fato.
De acordo com o procurador, nenhum documento dos inquéritos e do processo relativos à Satiagraha cita a participação dos agentes da Abin e “todos os atos de polícia judiciária são assinados por delegados e agentes de Polícia Federal”.
Mesmo ressaltando não ter sido informado sobre a participação de agentes da Abin na Operação Satiagraha, o procurador afirma não encarar isso como crime ou ilegalidade.
“A Lei do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) prevê a participação de agentes de inteligência e o compartilhamento de dados entre a polícia e os demais órgãos de inteligência. Sustentar que a participação da Abin é ilegal é o mesmo que apontar que a participação do Bacen (Banco Central), numa investigação de fraude financeira, ou da Receita Federal, numa investigação fiscal, por exemplo, é ilegal”, diz a nota do procurador.
De Grandis também ressalta que, se a forma como a participação da Abin foi comunicada pelo delegado Protógenes aos seus superiores feriu os regulamentos internos da Polícia Federal, “isso deve ser tratado somente no âmbito administrativo, mediante investigações da própria polícia”.
Texto completo da nota de De Grandis:
"O Ministério Público Federal em São Paulo, por meio do procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pelas investigações da Operação Satiagraha, em relação à reportagem da revista Veja dessa semana, que traz trechos do depoimento espontâneo do delegado Protógenes Queiroz à Procuradoria da República no Distrito Federal, passa a esclarecer o que segue:
1) Este procurador da República não recebeu informação do delegado Protógenes Queiroz de que a PF empregava agentes da Abin na Operação Satiagraha, seja formalmente ou informalmente. Nos inquéritos e no processo já abertos relativos ao caso, todos os atos de polícia judiciária são assinados por delegados e agentes de Polícia Federal. Nenhum documento cita ou comunica a participação de agentes da Abin na investigação;
2) Portanto, este procurador reitera o que já havia dito antes em entrevista publicada pela Folha de S. Paulo, em 29 de dezembro de 2008: não sabia da participação da Abin na investigação;
3) Apesar de não comunicada, a participação da Abin não configura crime, nem ilegalidade. A Lei do Sistema Brasileiro de Inteligência, Sisbin, prevê a participação de agentes de inteligência e o compartilhamento de dados entre a polícia e os demais órgãos de inteligência. Sustentar que a participação da Abin é ilegal é o mesmo que apontar que a participação do Bacen, numa investigação de fraude financeira, ou da Receita Federal, numa investigação fiscal, por exemplo, é ilegal. Quando houve participação da Abin no caso do sumiço dos laptops da Petrobrás ninguém questionou essa participação;
4) Recente voto do ministro do Supremo Tribunal Federal, Menezes Direito, em Adin proposta pelo PPS, aponta o mesmo entendimento. Segundo o ministro Direito é constitucional o Decreto 4.376/02, que regulamenta a Lei nº 9.883/99, que prevê o intercâmbio de informações entre a Abin e os órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência;
5) Se a forma como essa participação foi comunicada pelo delegado Queiroz a seus superiores fere regulamentos internos da PF, isso deve ser tratado exclusivamente no âmbito administrativo, mediante investigações da própria polícia;
6) Por fim, este procurador lamenta que a Veja não tenha ouvido o MPF antes de publicar a reportagem."
São Paulo, 15 de março de 2009
Rodrigo de Grandis
Procurador da República" (Fonte:Blog do Nassif)
2009-03-11
Jarbas e VEJA se desmentem
"Terra Magazine: Jarbas nega ter acusado PMDB de espioná-lo
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) negou em discurso nesta terça-feira ter dito que foi espionado a pedido de colegas de partido. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), encaminhou ontem à Procuradoria-geral da República e ao Ministério da Justiça solicitação de investigação da denúncia da suposta espionagem a Jarbas. As informações são da Agência Senado.
“Vossa Excelência procura, não sei com que objetivo, distorcer a matéria da Veja, e por consequência, minhas declarações ao afirmar que denunciei uma investigação contratada por integrantes do PMDB. Não fiz em momento algum essa declaração, não citei o partido, sua direção ou qualquer de seus integrantes, apesar de haver sido ameaçado publicamente por vários deles. Só acusaria alguém se possuísse provas”, disse Jarbas."
Aqui está a matéria (ou factóide?) da VEJA:
Normalmente os desmentidos vêm das vítimas de VEJA; desta vez, veio do cúmplice.
2009-03-10
AJUFE desmente a VEJA
"NOTA PÚBLICA -
A Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE, entidade de âmbito nacional da magistratura federal, vem a público esclarecer que não é verdadeira a afirmação contida em reportagem publicada na edição desta semana (2103) da revista “Veja”, sob o título “Sem Limites”, segundo a qual “[h]á uma vertente importante que deve ser apurada sobre a famosa Satiagraha - o consórcio formado entre a polícia, o Ministério Público e Justiça. As ilegalidades da operação podem acabar livrando da cadeia um vilão do calibre de Daniel Dantas. Por causa disso o juiz do caso, Fausto De Sanctis, está sob investigação da corregedoria da Justiça Federal”.
Não é verdade. O juiz Fausto De Sanctis não está sob investigação da corregedoria por suposto “consórcio” com a polícia e o Ministério Público. O Corregedor-Geral da Justiça Federal da Terceira Região investigou o juiz por supostamente ter-se recusado a fornecer informações ao tribunal acerca da existência de procedimento investigatório relativo ao banqueiro Daniel Valente Dantas, em habeas corpus impetrado em favor deste por seus advogados, bem como por suposto desrespeito a decisões do Supremo Tribunal Federal.
A AJUFE discorda veementemente da atitude do corregedor, que, por razões ainda não explicadas, tem tomado tais atitudes contra o magistrado, ainda que não tenha havido qualquer representação por parte de quem supostamente teria sido desrespeitado. Além disso, em todos esses casos o corregedor extrapolou sua atividade administrativa e tratou de matéria exclusivamente jurisdicional, o que é vedado pela lei.
A AJUFE patrocina a defesa do juiz Fausto De Sanctis e acredita firmemente na rejeição da proposição do corregedor pelo Órgão Especial do Tribunal Regional Federal da Terceira Região.
Portanto, a revista “Veja” errou ao fazer afirmação de que o juiz Fausto De Sanctis está sob investigação da Corregedoria da Justiça Federal por integrar um consórcio formado entre a polícia, o Ministério Público e Justiça (Operação Satiagraha). Isso não corresponde à verdade dos fatos.
Brasília, 10 de março de 2009.
Fernando Cesar Baptista de Mattos
Presidente da AJUFE"
Delegados da PF respondem à VEJA
“A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal - ADPF manifesta sua irresignação com a informação de que jornalistas da revista ‘Veja’ tiveram acesso ao suposto conteúdo de material apreendido em investigação da Polícia Federal sobre os procedimentos do delegado de Polícia Federal Protógenes Queiroz a frente da Operação Satiagraha.
É preciso ser exemplar, quando se quer cobrar respeito ao Estado Democrático de Direito. Isso não é possível com a violação de uma investigação que tramita em segredo de Justiça.
Assim como não é compatível com acusações de escutas clandestinas baseadas em ilações e conjecturas sem apresentação de qualquer áudio ou outra prova material dos noticiados grampos telefônicos.
Não é aceitável que segmentos da mídia nacional se esforcem tanto em apurar os procedimentos do delegado de Polícia Federal Protógenes Queiroz sem dedicar, ao menos, igual esforço para a apuração dos fatos principais da Operação Satiagraha envolvendo o empresário Daniel Dantas.
Essa movimentação jornalística coincide com a apresentação do relatório da CPI das Escutas com o claro objetivo de forçar uma prorrogação e de indiciamentos até então não propostos.
Por fim, os delegados de Polícia Federal reafirmam seu compromisso com a necessidade de investigação de tudo e de todos os envolvidos na Operação Satiagraha, inclusive, se for o caso de prorrogação da CPI das Escutas, da autoria de mais essa violação de segredo de Justiça.”
A Reação de De Sanctis
O juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, responsável pelos processos da Operação Satiagraha, negou nesta segunda-feira, em nota, ter atuado em “corsórcio” com o Ministério Público Federal (MPF) e com a Polícia Federal, como apontou a última edição da revista Veja. Sanctis classificou as denúncias da reportagem como “imprecisas”:
"Em face das “afirmações” da Veja de que,
“há uma vertente importante que deve ser apurada sobre a famosa Satiagraha — o consórcio formado entre a Polícia, o Ministério Público e a Justiça. As ilegalidades da operação podem acabar livrando da cadeia um vilão do calibre de Daniel Dantas. Por causa disso, o juiz do caso, Fausto De Sanctis, está sob investigação da Corregedoria da Justiça Federal”.
O Juiz Fausto De Sanctis responde :
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Nota de esclarecimento à população
Diante da matéria intitulada “SEM LIMITES”, publicada pela VEJA, edição 2.103, de 11.03.2009, por sua imprecisão e diante dos
questionamentos da imprensa, cabe-me esclarecer:
1 — Abordagens multifacetadas de fatos supostamente conhecidos, com visão particular de seus editores, têm proporcionado esclarecimentos a opinião pública, notadamente quando não parte de conclusões preconcebidas;
2 — A riqueza de informações é salutar a democracia, mesmo quando reproduz fatos já noticiados, regime que dignifica o império da lei, que verdadeiramente iguala a todos, equipara;
3 — Se a independência do trabalho da mídia traduz-se num valor caro à sociedade, idêntica conclusão há de possuir a independência judicial consubstanciada num trabalho cauteloso, responsável e respeitoso entre as instituições;
4 — Este magistrado reafirma o seu compromisso de servir com isenção, equilíbrio e firmeza, sendo certo que informações da imprensa são relevantes, não mais importantes, porém, que as provas produzidas e existentes nos autos. Matéria jornalística não pode, s.mj., servir de lastro para conclusões judiciais, à exceção dos casos de crimes contra a honra ou de ações cíveis indenizatórias;
5 — Atendimentos a advogados são corriqueiros, e em percentual íntimo e raro, ao ministério público ou à polícia federal;
6 — Em momento algum este magistrado foi objeto ou está sendo objeto correcional por atuar em “consórcio” com esta ou aquela instituição ou parte;
7 — A investida de parte de setores da imprensa contra um magistrado que age com sua convicção e em questões que demandem interpretação puramente jurídica revela desmedida e injustificada interferência na atividade jurisdicional, não podendo dar causa a temor e terror infundados, inconsequentes e sem precedentes, que depõem contra a busca da verdade;
8 — A “ordem” democrática não pode significar vã afirmação em um de nossos queridos símbolos nacionais: a bandeira brasileira. Esta nota visa repudiar o que seria um indecoroso silêncio deste magistrado, que não aceitaria as palavras do hóspede e vilão Tartufo de Jean-Baptiste Molière, na comedia intitulada Tartuffe, ao dizer a Orgon: “a casa é minha: você é quem deve abandoná-la” (“La Maison est à moi, c´est à vous d´en sortir”), apesar das manifestações de solidariedade da
decepção que absorveu as pessoas e, em particular, parte da magistratura nacional.
FAUSTO MARTIN DE SANCTIS"
2009-03-09
Observatório da Imprensa: O país dos bisbilhoteiros
A imprensa começa a questionar a credibilidade da VEJA:
"Não há nada mais ruidoso no noticiário do fim de semana do que a reportagem de capa da revista Veja, na qual é revelada parte do conteúdo dos computadores apreendidos com o delegado federal Protógenes Queiroz, aquele que investigou atividades ilegais do banqueiro Daniel Dantas. No entanto, os jornais deram pouca repercussão ao assunto.
Com exceção do Estado de S.Paulo, que lhe dedicou uma página inteira no domingo (8/3) e outra página na segunda-feira (9), o resto da imprensa diária praticamente ignorou a notícia requentada.
O Estadão já havia publicado, em janeiro, parte do material vazado das investigações sobre as atividades do delegado. A reportagem de Veja, que fala da existência de uma "tenebrosa máquina de espionagem do Dr. Protógenes", é, na verdade, uma colcha de retalhos com trechos de gravações encontradas em poder do delegado, que induzem a acreditar que ele havia montado uma rede muito mais ampla de escutas do que aquela destinada a municiar a chamada Operação Satiagraha. No entanto, faltam conexões entre os dados e o único fio condutor são afirmações da própria revista, reforçadas por adjetivos fortes, como sempre.
Em nota publicada na segunda-feira (9), a Folha de S.Paulo dá a entender que pelo menos uma parte do material publicado por Veja não tem credibilidade.
Jogo a favor
A lógica dos jornalistas, que parece estar sendo seguida pela maior parte da imprensa, considera que, se a rede de escutas montada pelo delegado Protógenes era tão extensa como sugere a revista, ela também deverá conter muitas imprecisões e até invenções dos arapongas, como foi demonstrado em episódios anteriores.
Um detalhe que falta ao noticiário: se Protógenes pode ser denunciado por vazar informações, o mesmo pode ser dito sobre o delegado que o investiga, e que entregou o conteúdo do seu trabalho à revista Veja.
No mais, há também a notícia de que o senador Jarbas Vasconcelos vem sendo espionado a mando de gente do PMDB desde que resolveu atirar uma denúncia generalizada dentro do partido, o que abre novas pautas sobre o país da bisbilhotice.
Por fora do noticiário centralizado no delegado que investigou o banqueiro Daniel Dantas, convém registrar que o controlador do Banco Opportunity trocou o ruidoso advogado Nélio Machado por uma junta de profissionais mais discretos, dias antes da reportagem da Veja.
Não se pode afirmar que a revista esteja jogando a favor de Dantas, mas é claro que, quanto mais intensos os ataques ao delegado que o indiciou, também mais remotas são as possibilidades de que o banqueiro venha a ser condenado." (Fonte:Observatório da Imprensa)
2009-03-08
Delegado Protógenes Queiroz desmente informações da revista Veja
""Segundo o delegado, que participa de um seminário no Recife nesta segunda (9), a revista mentiu e agiu de maneira antiética; ele disse ainda que vai processar o veículo
Em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta segunda-feira (9), o delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha no ano passado, desmentiu as informações divulgadas pela revista Veja desta semana. A operação levou o banqueiro Daniel Dantas à prisão.
O delegado foi assunto de uma reportagem da revista Veja desta semana, que fala de um esquema de espionagem que teria sido montado por ele. A revista afirma que a Polícia Federal apreendeu no apartamento do delegado, no Rio de Janeiro, um computador pessoal com material clandestino. (...)
A revista afirma que, entre outras autoridades, o delegado investigou, sem autorização da justiça, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e até o presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes.
O delegado Protógenes Queiroz, que está hospedado em um hotel em Porto de Galinhas, no litoral sul de Pernambuco, negou as informações da Veja. “É mais uma grande mentira lançada pela revista, que não tem se pautado com ética nem moral nos trabalhos executados ultimamente”, afirmou. (...)
A reportagem tentou entrar em contato com a redação da revista Veja, mas nenhum jornalista foi localizado no último domingo (8)". Fonte: PE 360)
JBOnline: Investigações da PF sobre escuta no STF não comprovam espionagem
Enquanto a VEJA tenta armar um novo escândalo, nenhuma das investigações confirmam a existência do suposto grampo, que procurou transformar investigados em vítimas, e investigadores em investigados.
Guardem este nome: Marcelo Itagiba. Ele foi o responsável por orquestrar, junto com Gilmar Mendes no Supremo, e a Revista VEJA na imprensa, a defesa de Daniel Dantas e ataque dos investigadores.
"BRASÍLIA - As investigações sobre a origem do suposto grampo no presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e no senador Demóstenes Torres (DEM-GO), caminham para o arquivo dos chamados casos insolúveis.
Encerrada esta semana, a CPI do Grampo deu o primeiro sinal de que será difícil provar que o grampo realmente tenha existido: o relatório final, do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) foi concluído com o indiciamento de personagens secundários e não contém uma linha apontando indícios de que Mendes e Torres tenham sido escutados. O presidente da CPI, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), em voto separado, vai propor o indiciamento de dois ex-dirigentes da Abin: delegado Paulo Lacerda e José Amilton Campana, o delegado Protógenes Queiroz, da Operação Satiagraha (acusados de mentir em depoimento) e o banqueiro Daniel Dantas, por espionagem.
Iniciadas há sete meses, as investigações da Polícia Federal também patinam e, se fossem concluídas hoje, o relatório do delegado William Morad indicaria que não é possível afirmar nem que houve o grampo. Durante todo esse tempo uma equipe de peritos federais analisou dezenas de equipamentos e registros eletrônicos, mas até agora não encontrou vestígios do grampo. O que pode ser comprovado com fartura de dados é que os sistemas telefônicos do Senado e do STF são frágeis e, portanto, alvos fáceis de espiões.
– Não tivemos acesso ao áudio da conversa – diz o delegado William Morad. Ele explica que sem a gravação original é impossível sequer afirmar que Mendes e Torres foram vítimas da espionagem e muito menos que ela tenha partido de algum agente ou órgão público.
Tarefa inglória
A transcrição publicada na imprensa não configura uma prova técnica. O texto apenas indica que não há dúvida de que Mendes e Torres efetivamente travaram o inocente diálogo sobre a CPI da Pedofilia e os desdobramentos da Satiagraha, transcrito na reportagem, já que os dois confirmam o teor da conversa em depoimento. Mas para a polícia isso não basta. Se o áudio não aparecer ou - numa hipótese mais improvável ainda - não surgir uma confissão ou uma testemunha que esclareça o caso, a busca de uma prova se tornará uma tarefa inglória.
Autores da reportagem, os jornalistas Policarpo Júnior e Expedido Filho, de Veja, foram ouvidos na Polícia Federal. Alegaram o direito constitucional de garantir o sigilo da fonte e não quiseram confirmar nem se tiveram acesso ao áudio da conversa. O delegado disse queria apenas uma confirmação de que eles ouviram a gravação, mas não conseguiu demovê-los. A revista manteve a versão apresentada na reportagem: o grampo foi feito pela Abin e chegou aos repórteres pelas mãos de um servidor do órgão. Seria o mesmo agente que forneceu à revista uma extensa lista de autoridades que também teriam sido grampeadas no Executivo, Legislativo e Judiciário.
Logo depois da publicação, o ministro Gilmar Mendes suspendeu uma viagem que faria à África e anunciou que chamaria “às falas” o presidente Lula para pedir providências contra os arapongas empoleirados em órgãos públicos e reclamar do “Estado policialesco” representado, segundo ele, pelas ações da Polícia Federal. A história do grampo abalou a República e, por muito pouco, não agravou a crise institucional gerada pela Operação Satiagraha. O problema é que não há sequer um fragmento de prova de que o caso, divulgado como uma grande conspiração, tenha ocorrido.
Dois dias depois da bombástica reportagem, o delegado Paulo Lacerda foi derrubado da direção da Abin por pressão do ministro da Defesa, Nelson Jobim. O afastamento seria provisório, até que o caso fosse apurado em 60 dias. Em meio aos festejos do final do ano, no entanto, o presidente nomeou Lacerda adido policial em Portugal. Foi um claro sinal de que, mesmo se sentindo obrigado a agir politicamente para debelar uma crise gerada pela presença ostensiva da Abin na prisão do banqueiro Daniel Dantas, o governo não acreditava que Lacerda tivesse participação numa improvável espionagem envolvendo o STF como alvo.
Para a PF, o inquérito do grampo é como uma denúncia de homicídio sem cadáver. Apesar das dificuldades, o delegado William Morad diz que não descarta nenhuma versão e que, no final, apresentará suas conclusões no relatório. Mas o leque é grande e especula-se de tudo: do envolvimento de órgãos de segurança e inteligência (PF e Abin) a uma conspiração patrocinada por Dantas, ou que tudo não passa de uma prosaica armação de inspiração política com origem num gabinete do Senado." (Fonte: JBOnline)
Guardem este nome: Marcelo Itagiba. Ele foi o responsável por orquestrar, junto com Gilmar Mendes no Supremo, e a Revista VEJA na imprensa, a defesa de Daniel Dantas e ataque dos investigadores.
Leitores comentam a última da VEJA...
Obviamente, estes comentários não aparecerão na VEJA, mas numa reportagem da Folha Online, que continua a repercutir as peças de ficção publicadas no panfleto da Editora Abril.
"Mais um grampo sem audio???A mídia não só não repercute NADA a respeito da primeira armação do grampo falso do sr Gilmar Mendes/Demostenes/Veja,como ainda cria mais um factóide praticamente identico!!Nós leitores somos um pouquinho menos burros do que se pensa.Incrível como uma única operação da polícia está escancarando as relações mais podres desse país.A imprensa tem que mudar de rumo!! A internet há de engolir todos os veículos dessa mídia viciada!!Não existe imprensa sem credibilidade e credibilidade não existe mais!
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A elite brasileira fétida e nausebunda se articulou e tenta subverter os fatos. Corruptores e corruptos se unem para descaracterizar o trabalho de Protógenes.
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Vi com indignação as reportagens do Jornal Nacional e Jornal da Band a respeito do caso, eles quase gritaram para prender o Delegado Protógenes. Engraçado, que não vi a mesma veemência quando se tratava de bandidos verdadeiros, como Daniel Dantas. O que será que acontece com parte da imprensa brasileira? Será que eles são cegos ou pensam
que nós é que somos???
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Resta saber agora se a Folha aceitará fazer parte de mais esta palhaçada da revista Veja.
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Senhor Gilmar Dantas Mendes não vai querer apuração de como houve vazamento? Essa farsa da revista veja e dos jornais que repercutem, vai acabar com a respeitabilidade de TODOS os jornalões e revistas semanais.
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Voces ainda perdem seus preciosos minutos publicando algo desse nivel? Nos, leitores, nao temos a menor duvida sobre a origem dessa farsa chamada Veja.
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O caso do Daniel Dantas tomou o rumo que eles bem queriam, tudo deu certo como planejado..., o Protógenes foi afastado das investigações..., o Juiz Sanctis condenou o bandido, mas, nada aconteceu e o caso já está esquecido, e a quadrilha continua ativa mais ainda do que antes, pois, precisam recuperar tempo perdido, afinal, tempo é dinheiro..., todos soltos e ricos às custas da grana dos impostos..., e o gilmar e daniel dantas, pitta, nahas..., agradecem o silêncio repentino e apoio da imprensa..., num país onde a impunidade é certa e imperativa.
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UM MINISTRO DIZER QUE "ESTAVAM TENTANDO DESMORALIZAR O SUPREMO", E EU PERGUNTO SR. MINISTRO: O QUÊ O SR. FEZ, EM LIBERAR UM BANDIDO COMO DANTAS É O QUÊ? A POLICIA FEDERAL FEZ A PARTE DELA E O SR. FEZ O QUÊ? O POVO BRASILEIRO NÃO ACREDITA NA JUSTIÇA, O SR. SABE POR QUÊ? EU SEI QUE PARA O SR. O POVO QUE SE EXPLODA, NÃO É MESMO? AS LEIS BRASILEIRAS SÃO SÓ PARA PRENDER LADRÃO DE GALINHA, OU EU ESTOU ERRADO? O BRASIL NÃO PRECISA DISSO SR. MINISTRO!!!!
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O que choca a população é ver um policial querer trabalhar e ser considerado o bandido.
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Todo brasileiro de bom senso e bem informado sabe que é o Sr. Dantas e sua turma, sabe quem é o Dr. Gilmar Mendes e seus discípulos, e sabem também que não há solução. O poder é grande, as influências são persistentes e nós ficaremos aqui sem ter o que fazer. Moralidade Zero, e nessa história toda o Dr. Protógenes é que será condenado.
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O que todos já sabiamos, o Delegado Protógenes falou ontem..., "NUNCA EXISTIU GRAMPO NO stf", farsa essa montada e protagonizada pelo gilmar mendes, pelo digníssimo, nobríssimo, excelentíssimo senador demóstenes torres..., e arrematando a revista veja..., não se esqueçam que o Daniel Propina Dantas pagou R$ 18.000.000,00 a políticos e autoridades, junta-se essa falcatrua com os "HABEAS CORPUS" rápidos e sem burocracias, proibição de algemas, blindagem das escórias júdices,
proibição de grampos, tentativa de incriminar o Delegado e o Juiz, enfim..., juntaram-se senadores, deputados e o "stf" e fizeram de tudo para livrar a cara do generoso bandido.
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A Polícia Federal e a respectiva Justiça (primeiro e segundo grau) trabalharam muito bem. O Supremo destoou... Infelizmente...
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Temos que concordar quando se diz que nós brasileiros, sofremos de falta de memória. Quando surgiu o caso "Daniel Dantas" foi divulgado, e não dismentido, que o cidadão em questão teria oferecido, através de terceiro, propina ao delegado da Polícia Federal que estava a frente do inquérito com objetivo de facilitar sua defesa junto ao staf intermediário da Justiça porque não teria problema no STF. Quem preside o STF desde aquela época é o Ministro Gilmar Mendes. Explica-se?.
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Vale lembrar Daniel Dantas não é suspeito, hoje ele é condenado da justiça! É bom que os jornalista passem a escrever a verdade sem factoides, pois estão a ajudar quem nos rouba e dando oportunidade para que a impunidade continue a vingar nesse país...
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Fica-se boquiabero ao ver a PF preocupada em vistoriar o computador do Dr. Protógenes e Não o disco rígido do Sr. Daniel Dantas
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Protógenes e sua equipe investigou e colheu provas irrefutáveis contra pessoas poderosas. Mas a quadrilha investigada com acesso direto ao poder político central , reagiu rapidamente e desprestigiou o delegado e a Operação Satiagraha fomentando CPIs, sindicâncias e principalmente bradando na mídia que a Protógenes grampeou irregularmente telefones, maculando as instituições democráticas e as pondo em perigo. Com isso a quadrilha virou vítima e os investigadores viraram réus!
Bela cartada de fato, pois grampear telefones para descobrir ação de criminosos e supostos criminosos que contribuem para a multiplicação de suas riquezas por meio da rapina e amesquinham o Brasil tornou-se a grande vergonha nacional, enquanto roubar enormes dividendos fato de menor importância!
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SINCERAMENTE, depois de tudo que vou levantado pela Operação desenvolvida pela Policia Federal com o apoio da ABIN, depois de terem execrado o Delegado Protogenes e o Dr. Lacerda, depois de tanto furor na midia a respeito divulgando, informando, evidenciando os fatos mes resta uma perguna que não quer calar. O banqueirozinho é ou não é o elemento responsável pelos crimes, não, porque ao meu ver na minha infinita ignorancia, passa a impressão de que os criminosos são a ABIN e a Equipe do Delegado Protogenes." (Fonte:Folha Online)
2009-03-07
Você ouviu a última da VEJA?
O Nassif conta...
"1.Durante a semana, matérias falando da saída do Nélio Machado, que ficou sentidíssimo com o rompimento com o Dantas. E esta matéria agora, na Folha, dizendo que Dantas é monástico e vegetariano e que seu novo advogado quer vencer provando sua inocência e não descaracterizando a investigação. Como diriam as menininhas: hanhan.
2.Como prenúncio da jogada, as notinhas no Lauro Jardim sobre Luiz Gushiken e os fundos de pensão. Escrevi aqui que, óbvia como era, Veja estava aprontando algo. Difícil de adivinhar….
3.Aí sai essa matéria com o tal relatório da Polícia Federal sobre supostas escutas de Protógenes em cima de Lula, Dilma e ministros. Protógenes negou peremptoriamente ao Paulo Henrique que o material fosse verdadeiro. Se falso, houve armação de um dos dois ou de ambos: o corregedor da Polícia Federal e os setoristas de submundo da Veja.
Se verdadeiro, Protógenes se enrola, mas o vazamento comprova o conluio do corregedor com o órgão mais diretamente comprometido com Daniel Dantas. O delegado geral Luiz Fernando que conte a outro essa história de profissionalização da PF.
4.Na mesma edição, matéria dizendo que Jarbas Vasconcellos foi vítima de… grampo. Inacreditável!
5. Como o monástico Dantas agora só quer vencer pela força dos argumentos, é evidente que ele não tem nada a ver com a dupla Folha-Veja. Ele está regenerado, monástico.
6. Junto com as matérias da revista, com a sutileza de um boimate passeando pela avenida Paulista, a Carta ao Leitor com a explicitação da jogada: “Advertido sobre a gravidade das provas ali contidas, no entanto, do Rio de Janeiro o deputado Marcelo Itagiba, do PMDB, presidente da comissão, prometeu exigir a prorrogação dos trabalhos de investigação da CPI. Não seria a primeira vez que isso ocorreria. A prorrogação, se vier desta vez, prestará um grande serviço ao país, pois são de estarrecer as provas do descontrole a que chegou a operação de espionagem clandestina promovida pelo delegado Protógenes”.
E, para encerrar com chave de ouro, a auto-celebração do bom jornalismo praticado pela revista, a mesma que está envolvida em um provável ato criminoso de falsificação de grampos:
“Esse é o papel do jornalismo, garantir que os cidadãos saibam o que se faz em seu nome e com seu dinheiro, ser os olhos e os ouvidos da nação e, como resultado disso, um dos esteios da democracia“.
O que é de estarrecer (para usar um adjetivo caro aos seus diretores) não é nem a falta de escrúpulos. É o completo amadorismo dessas armações feitas em plena luz do dia, com o país inteiro assistindo.
Nem uma pessoa de vida monástica como Dantas poderia acreditar que seria tão fácil envolver uma revista no seu próprio suicídio editorial." (Fonte:Blog do Nassif)
2009-03-06
O jogo midiático dos escândalos seletivos
No blog do Nassif:
"Vamos entender melhor esse jogo político e o papel da mídia nesse processo.
Ontem a Globonews e a UOL transmitiram na íntegra e ao vivo, o discurso do senador Jarbas Vasconcellos. Aqui, publiquei um artigo em que um desafeto do senador o acusa das mesmas práticas que ele imputa aos adversários. Bastaria a mudança de ênfase - os jornalões darem mais ênfase ao acusador do que a Jarbas - para o pêndulo político se mover para o outro lado.
Os atacados por Jarbas são figuras notórias.
Neste momento, graças à sua rede de relações políticas e jurídicas, o senador José Sarney está conseguindo afastar do cargo um adversário, o governador Jackson Lago, do Maranhão, que o venceu democraticamente nas urnas.
Quando começou essa onda contra Lago, escrevi alguns comentários no blog, ele me procurou, contou o que estava acontecendo, as ligações da desembargadora que o condenava com o esquema Sarney. Publiquei aqui. Nenhum jornalão deu nada, porque não interessava naquele momento.
Se se escarafunchar a vida política do Renan Calheiros, mesmo sem os factóides da Veja, vai se encontrar um jogo semelhante. Em várias capitais em que vou palestrar, muitas vezes me convidam para entrevistas na TV local. Quase sempre há como sócio oculto políticos, alguns que se notabilizaram por campanhas moralistas relevantes.
O que se conclui disso? Tem-se um sistema político podre, que permite toda sorte de irregularidades dos seus participantes.
Um país civilizado, com imprensa moderna, estaria focado na discussão de como aprimorar o sistema político. Mas aos jornalões não interessa porque eles são os maiores beneficiários desses vícios. São esses vícios que os tornam poderosos, que lhes permitem utilizar o escândalo como moeda de troca. Dependendo de seus interesses comerciais e/ou de suas alianças políticas, definem o que será notícia, qual será a denúncia da vez.
Como selecionar as denúncias
Um discurso moralista do Jarbas – com seu passado de político tradicional – seria notícia? No máximo um pirulito em uma página de jornal. Mas confere-se solenidade, destaque e um episódio banal – porque uma denúncia sem fatos, seletiva (porque apontando só os adversários dentro do partido), de um político tradicional – torna-se fato jornalístico.
O poder de manipulação da mídia consiste em sua capacidade de escolher o escândalo. Poderia ter escolhido o de Jarbas contra os adversários do PMDB (poupando os aliados que são da mesma estirpe) ou desse obscuro deputado pernambucano que denuncia Jarbas. O poder de criar o escândalo fica nas mãos da mídia. (...)
Quando a Abril explode uma denúncia contra um político, ou quando o enaltece na capa – como aquela capa sobre os melhores governadores do país –, ou quando lhe dá a entrevista de Páginas Amarelas, qual o jogo de troca por trás disso? A defesa dos valores da ética? Conta outra.
Os virtuosos
Então, quando se assiste a essa pantomima toda, o que pensar? Renan e Sarney são virtuosos? Longe disso, mas bota longe nisso. O lado serrista do PMBD é virtuoso? Temer, Quércia? Não preciso responder. O lado peemedebista do FHC era virtuoso? Ora, são os mesmíssimos que garantem o apoio do PMDB a Lula. (...)
Jarbas é melhor do que Renan ou Sarney? Quércia é melhor do que Geddel? Temer é melhor do que Padilha? São todos farinha do mesmo saco.
É por isso - conforme reconheceu Fernando Henrique Cardoso no seu artigo de domingo do Estadão - que essa pantomima não funciona mais. Aliás, só a contaminação fatal do jornalismo pelos interesses políticos mais obscuros explica essa marcha da insensatez da mídia, em insistir nessas manipulações." (Fonte:Blog do Nassif)
2009-03-05
Marajarbas
O novo queridinho da VEJA é o senador Jarbas Vasconcelos, em cujas "denúncias" não apontou crime, autor nem circunstâncias. Se o jogo de Jarbas fosse sério teria feito isso - e teria elementos para tanto.
"Os senhores sabem que o bravo Deputado do PMDB, Ulysses Guimarães, ajudou a aprovar aqui, em 1988, a Constituição Cidadã. E a Constituição diz, em seu art. 37, Inciso II, que emprego público, só pode existir por concurso.
Pois bem, de forma esdrúxula — e está aqui o documento, porque eu não sou leviano. Eu acuso e mostro as provas — , o Senador Jarbas, no dia 23 de julho de 1992 — portanto, 4 anos após a Constituição determinar que emprego público, só por ser por meio de concurso — foi nomeado Procurador da Assembleia Legislativa de Pernambuco. E pasmem, brasileiros, pasmem, jovens do Brasil: um ano depois,ele pediu a aposentadoria, no dia 14 de julho de 1993. Está aqui o documento, que eu vou entregar à imprensa. (Exibe documentos.)
Pois bem. O último salário do marajá — e lá em Pernambuco já estão começando a chamá-lo de Marajarbas — , o último salário do marajá, agora em janeiro de 2009, foi de R$ 17.364,00. Eu não mostro o seu contracheque porque quem vai mostrá-lo é ele, porque esse dinheiro é depositado em conta bancária.
Eu quero saber qual é a moral, qual é a ética, que um parasita do poder, um homem que vive há 40 anos do dinheiro público, tem para criticar o Bolsa Família.
Muito bem, vamos aos fatos e aos documentos. O Senador Jarbas disse que a corrupção no PMDB começou em 1994. Vou ajudar o Senador, porque ele cometeu um lapso de memória. A corrupção no PMDB não começou em 1994, não, começou em 1993, e com ele! Foi lá em Pernambuco que começou a corrupção do PMDB, em 1993. A primeira CPI do caixa 2 no
Brasil ocorreu em Pernambuco.
A história, Srs. Deputados, é que a tesoureira de uma construtora denunciou Jarbas, dizendo que ele tinha recebido propina. Na linguagem do povo, tinha recebido toco. E ela provou.
Essa denúncia foi motivo de uma CPI na Câmara de Vereadores — eu era Vereador — , mas todos já sabem como ela terminou. Ele tinha maioria absoluta. Eu tenho certeza de que se essa CPI tivesse acontecido na Câmara ou no Senado, se ele fosse Deputado Federal ou Senador, ele teria sido cassado.
Vou mostrar aqui o documento. Ele acusa Lula, acusa Dilma Rousseff, acusa todo o mundo de corrupto. Só ele é ético no Brasil. Aqui ninguém presta. Na linguagem dele, pelo menos 90% não presta. Eu vou provar agora que ele não está entre os 10% não, mas entre os 90%, e desde 1993.
Eu grifei, num documento da construtora que estava na CPI, o nome J.Vaz. Eu quero perguntar se J.Vaz é Lula ou é Dilma Rousseff? Se analisarmos etimologicamente J.Vaz, o que é isso? Mas há outros documentos com J.Vaz e um outro com J.B.Vaz. Será que J.B.Vaz é Obama? Se esses documentos tivessem chegado aqui, se a CPI fosse aqui, ele teria sido cassado. Mas foi lá em Pernambuco.
Meus amigos, Deputados, o Senador Jarbas Vasconcelos é useiro e vezeiro em agredir as pessoas. Tenho aqui uma fita que comprova isso. Ele destruiu a carreira política, atingiu a honra de um bravo Deputado de Pernambuco, Deputado Sérgio Murilo. Desculpe-me Dr. Sérgio, sei que V.Exa. não tem condições de saúde para me ouvir, mas falo em homenagem ao senhor. O Senador Jarbas Vasconcelos destruiu Deputado Ciro Gomes e a carreira política do bravo combatente da ditadura Sérgio Murilo.
O Senador é useiro e vezeiro, repito, em atacar a honra das pessoas. Mas ele é frouxo, porque se tivesse coragem, na entrevista à Veja, deveria ter dito: os corruptos são esses e a corrupção é essa. Domingo, no Fantástico, foi ao ar uma reportagem de crianças brasileiras que passam fome e recebem o Bolsa Família. Infelizmente, neste País, há mais de 30 milhões de crianças que precisam daqueles míseros 80 reais do Bolsa Família. Crianças que não tiveram o privilégio de ter um pai marajá, que não tiveram o privilégio de ter um pai que fez um cambalacho — porque isso aqui é um cambalacho! — ,
para se tornar um marajá do poder público.
Eu quero perguntar que PMDB é esse que tem 90% de seu quadro acusado de corrupção e, no lugar de dar uma resposta ao Brasil, de ter vergonha na cara e de se dar ao respeito, propõe a criação de uma CPI para investigar fundos de pensão, deixando muito claro para a opinião pública que o PMDB só quer esta CPI, porque não conseguiu os cargos no
Fundo Real Grandeza, que era o que realmente queria."
2009-03-04
Ação contra De Sanctis visa acuar juízes, diz procurador
"As investigações abertas contra o juiz federal Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, são uma tentativa de intimidar a atuação de magistrados de primeira instância, afirma o procurador da República Sílvio Martins de Oliveira, do Ministério Público Federal.
De Sanctis é alvo de pelo menos três procedimentos que tramitam na Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que tem o poder de investigar magistrados. Após a conclusão, o órgão pode pedir a abertura de um processo disciplinar que prevê, entre as punições, a perda do cargo.
Para o procurador, as investigações contra De Sanctis ganharam corpo após a atuação dele no caso Satiagraha, quando mandou prender o banqueiro Daniel Dantas, contrariando uma liminar que havia sido concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes." (Fonte: Blog do Noblat)
Juiz do caso Dantas apresenta defesa ao TRF-3
"O juiz Fausto Martin De Sanctis, que no auge da Operação Satiagraha mandou prender duas vezes o sócio-fundador do grupo Opportunity, Daniel Dantas, entrega hoje à Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) documento de 30 páginas crucial para evitar manchas em sua carreira na magistratura. Trata-se de sua defesa preliminar em procedimento administrativo de caráter sigiloso aberto para investigar se ele desobedeceu ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou suspender todos os atos processuais da ação penal sobre evasão de divisas envolvendo a parceria MSI/Corinthians.
O magistrado rebate, ponto a ponto, a acusação. No documento, ele não admite nenhuma ilegalidade em sua conduta. Alega que não afrontou a corte, não desrespeitou nenhuma decisão judicial e não agiu com intenção de descumprir ordens do STF. Ao contrário, ressalta a defesa, De Sanctis tomou medidas estritamente dentro da lei e dos códigos que regem a rotina processual. Acatou todas as normas internas do tribunal.
Subscrita pelo advogado Pierpaolo Bottini, ex-secretário da Reforma do Judiciário, a defesa do juiz é uma peça técnica e passa ao largo da crise que o colocou frente a frente com Gilmar Mendes, presidente do STF, que mandou soltar Dantas." (Fonte: Estadão)
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