Por que será que a CPI dos Grampos investiga o delegado Protógenes mas não investiga Dantas?
"Acontece que no seu depoimento, Protógenes lembrou das 250 caixas do processo da Kroll.
A história dessas caixas começou quando a Brasil Telecom, logo que Dantas foi deposto, descobriu que ele pagara US$ 40 milhões a Kroll e não tinha um comprovante sequer na contabilidade. A BrT acionou a Kroll.
Na Justiça de Nova York, seus advogados pediram um “covery” ao Juiz. Equivale a uma busca e apreensão com um agravante: se não entregar tudo o que foi solicitado, e se descobrir mais tarde, vai todo mundo em cana.
A Kroll acabou entregando 250 caixas, coalhadas de comprovações das atividades ilegais de Dantas, com grampos e outras jogadas. Grampos ilegais - justamente o mote da CPI dos Grampos. Há de tudo, troca de emails entre ele e a Kroll, entre executivos do Opportunity, com informações variadas sobre privatização, sobre inimigos, sobre políticos.
Esse material - no qual a Kroll confessa ter feito trabalho ilegal para Dantas - está com muita gente, inclusive com a ABIN (Agência Brasileira da Inteligência). A maior parte do trabalho dos agentes da ABIN tem sido o de filtrar as escutas ilegais de Dantas.
Quando Protógenes menciona as caixas na CPI, como é que se faz? Não dá para esconder debaixo do tapete. (...)
Então é simples. Como essas caixas não estão cobertas por sigilo, basta a CPI solicitar. Em vez de rascunhos de trabalho, anotações não oficiais no computador do Protógenes, terá o mais rico material jamais juntado no país sobre espionagem e grampo ilegal: o próprio mapa da República do Grampo. (...)
Que tal, bravos escoteiros? Mãos à obra. É a hora de provar à opinião pública que o nobre objetivo de todos é combater o grampo clandestino. A bola está quicando na área com o gol vazio. É só chutar." (Fonte:Luis Nassif)
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