Apenas Protógenes, "à sombra da ilegalidade".
"A notoriedade, assim como as grandes fortunas, pode ter origens diversas – e elas nem sempre são dignificantes. No caso do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, a fama adveio de motivos bem pouco nobres. No comando da operação Satiagraha, destinada a investigar supostos crimes financeiros do banqueiro Daniel Dantas, o delegado cometeu tantas ilegalidades e desvarios que acabou por facilitar a defesa do investigado e colocar a si próprio, e aos seus excessos, em primeiro plano. No capítulo das ilegalidades perpetradas, figuram desde o uso de serviços clandestinos de arapongas da Abin até a prática de gravações sem autorização judicial. Já na seção "desvarios", o melhor exemplo foi o relatório que o delegado produziu sobre a operação – e que, por excesso de retórica e falta de sentido, acabou tendo de ser refeito. O desempenho de Protógenes custou-lhe o cargo (que de investigativo passou a burocrático na PF), mas ele parece não estar se importando muito com isso. O delegado tem investido boa parte do seu tempo dando palestras e participando de homenagens do PSOL. Há poucas semanas, chegou a ser agraciado pela líder da sigla, a deputada Luciana Genro, com uma medalha de honra ao mérito. Graças à filha do ministro Tarso Genro, Protógenes virou comendador. A notoriedade, não importa sua origem, parece estar agradando ao delegado." (Fonte: Revista VEJA)
O seguinte trecho merece destaque: "No comando da operação Satiagraha, destinada a investigar supostos crimes financeiros do banqueiro Daniel Dantas, o delegado cometeu tantas ilegalidades e desvarios que acabou por facilitar a defesa do investigado e colocar a si próprio, e aos seus excessos, em primeiro plano."
Tão rápida em condenar seus adversários, para a revista VEJA os crimes de Daniel Dantas são "supostos"; as "ilegalidades" de Protógenes são fato consumado.
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