"Segundo o FNDE, 222 municípios não receberão os livros didáticos, que são distribuídos todos os anos e gratuitamente. Desse total, 143 estão em São Paulo. Boa parte das prefeituras decidiram manter materiais didáticos baseados nas apostilas, sistemas que têm ganhado espaço no estado e gerado discussão entre especialistas em educação e gestores públicos. Geralmente, o custo deste tipo de serviço – que pode incluir assessoramento pedagógico ao professor por telefone - varia de R$ 120 a R$ 200 por aluno."
R$ 200 por aluno???
Só para vocês terem uma idéia, o Kindle, livro digital da Amazon, tem preço final de R$ 238 (US$ 139). Note que este é o *preço final*, que possivelmente embute o lucro da Amazon.com.
Ou seja: por R$ 238 seria possível colocar na mão dos alunos *todas* as apostilas, *todo* o conteúdo de literatura clássica brasileira e universal, bem acesso a obras de referência (e feeds RSS) na internet.
---
Em um livro digital cabem mais de 3.500 livros. Isso significa que, se o aluno pudesse ler 1 livro por dia, ele precisaria de quase 10 anos anos para ler todos! Isso significa também que um único livro digital poderia acompanhar o aluno durante todo o Ensino Médio, o que reduziria seu custo para R$ 79 por ano.
E, diferente dos livros comuns, as obras digitais podem ser facilmente corrigidas -- basta um download.
---
Fica aqui a sugestão para a Dilma:
Projeto Livro Digital Brasileiro
Um livro digital para cada aluno do Ensino Médio brasileiro
Os livros digitais devem vir com uma seleção de obras pré-definida pelo MEC, incluindo:
- os clássicos da literatura brasileira, portuguesa, e universal;
- dicionários (português, inglês, e espanhol);
- enciclopédias e obras de referência;
- apostilas e livros didáticos;
- provas resolvidas dos principais vestibulares;
- acesso a feeds RSS a blogs e sites de notícias (via wifi).
Num primeiro momento, os livros digitais precisarão ser importados. A médio prazo, porém, o objetivo é trazer a indústria de tecnologia para o Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário