"Os senhores sabem que o bravo Deputado do PMDB, Ulysses Guimarães, ajudou a aprovar aqui, em 1988, a Constituição Cidadã. E a Constituição diz, em seu art. 37, Inciso II, que emprego público, só pode existir por concurso.
Pois bem, de forma esdrúxula — e está aqui o documento, porque eu não sou leviano. Eu acuso e mostro as provas — , o Senador Jarbas, no dia 23 de julho de 1992 — portanto, 4 anos após a Constituição determinar que emprego público, só por ser por meio de concurso — foi nomeado Procurador da Assembleia Legislativa de Pernambuco. E pasmem, brasileiros, pasmem, jovens do Brasil: um ano depois,ele pediu a aposentadoria, no dia 14 de julho de 1993. Está aqui o documento, que eu vou entregar à imprensa. (Exibe documentos.)
Pois bem. O último salário do marajá — e lá em Pernambuco já estão começando a chamá-lo de Marajarbas — , o último salário do marajá, agora em janeiro de 2009, foi de R$ 17.364,00. Eu não mostro o seu contracheque porque quem vai mostrá-lo é ele, porque esse dinheiro é depositado em conta bancária.
Eu quero saber qual é a moral, qual é a ética, que um parasita do poder, um homem que vive há 40 anos do dinheiro público, tem para criticar o Bolsa Família.
Muito bem, vamos aos fatos e aos documentos. O Senador Jarbas disse que a corrupção no PMDB começou em 1994. Vou ajudar o Senador, porque ele cometeu um lapso de memória. A corrupção no PMDB não começou em 1994, não, começou em 1993, e com ele! Foi lá em Pernambuco que começou a corrupção do PMDB, em 1993. A primeira CPI do caixa 2 no
Brasil ocorreu em Pernambuco.
A história, Srs. Deputados, é que a tesoureira de uma construtora denunciou Jarbas, dizendo que ele tinha recebido propina. Na linguagem do povo, tinha recebido toco. E ela provou.
Essa denúncia foi motivo de uma CPI na Câmara de Vereadores — eu era Vereador — , mas todos já sabem como ela terminou. Ele tinha maioria absoluta. Eu tenho certeza de que se essa CPI tivesse acontecido na Câmara ou no Senado, se ele fosse Deputado Federal ou Senador, ele teria sido cassado.
Vou mostrar aqui o documento. Ele acusa Lula, acusa Dilma Rousseff, acusa todo o mundo de corrupto. Só ele é ético no Brasil. Aqui ninguém presta. Na linguagem dele, pelo menos 90% não presta. Eu vou provar agora que ele não está entre os 10% não, mas entre os 90%, e desde 1993.
Eu grifei, num documento da construtora que estava na CPI, o nome J.Vaz. Eu quero perguntar se J.Vaz é Lula ou é Dilma Rousseff? Se analisarmos etimologicamente J.Vaz, o que é isso? Mas há outros documentos com J.Vaz e um outro com J.B.Vaz. Será que J.B.Vaz é Obama? Se esses documentos tivessem chegado aqui, se a CPI fosse aqui, ele teria sido cassado. Mas foi lá em Pernambuco.
Meus amigos, Deputados, o Senador Jarbas Vasconcelos é useiro e vezeiro em agredir as pessoas. Tenho aqui uma fita que comprova isso. Ele destruiu a carreira política, atingiu a honra de um bravo Deputado de Pernambuco, Deputado Sérgio Murilo. Desculpe-me Dr. Sérgio, sei que V.Exa. não tem condições de saúde para me ouvir, mas falo em homenagem ao senhor. O Senador Jarbas Vasconcelos destruiu Deputado Ciro Gomes e a carreira política do bravo combatente da ditadura Sérgio Murilo.
O Senador é useiro e vezeiro, repito, em atacar a honra das pessoas. Mas ele é frouxo, porque se tivesse coragem, na entrevista à Veja, deveria ter dito: os corruptos são esses e a corrupção é essa. Domingo, no Fantástico, foi ao ar uma reportagem de crianças brasileiras que passam fome e recebem o Bolsa Família. Infelizmente, neste País, há mais de 30 milhões de crianças que precisam daqueles míseros 80 reais do Bolsa Família. Crianças que não tiveram o privilégio de ter um pai marajá, que não tiveram o privilégio de ter um pai que fez um cambalacho — porque isso aqui é um cambalacho! — ,
para se tornar um marajá do poder público.
Eu quero perguntar que PMDB é esse que tem 90% de seu quadro acusado de corrupção e, no lugar de dar uma resposta ao Brasil, de ter vergonha na cara e de se dar ao respeito, propõe a criação de uma CPI para investigar fundos de pensão, deixando muito claro para a opinião pública que o PMDB só quer esta CPI, porque não conseguiu os cargos no
Fundo Real Grandeza, que era o que realmente queria."
2009-03-05
Marajarbas
O novo queridinho da VEJA é o senador Jarbas Vasconcelos, em cujas "denúncias" não apontou crime, autor nem circunstâncias. Se o jogo de Jarbas fosse sério teria feito isso - e teria elementos para tanto.
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