2009-06-06

Campanha do Ministério da Saúde premiada em Gramado

"O Ministério da Saúde recebeu ontem, no Rio Grande do Sul, o Galo de Bronze (na categoria Mídia eletrônica – televisão) do 17º Festival Mundial de Publicidade de Gramado pela campanha de doação de órgãos.

Com o slogan “Não deixe escapar das suas mãos a oportunidade de salvar vidas: doe seus órgãos, doe vida”, a campanha foi veiculada em 2007 e surtiu efeito. Houve aumento de 9% na doação de órgãos entre 2007 (quando foram realizados 17.428 transplantes) e 2008 (18.989)."



(Fonte: Noblat)



Vamos parar um instante e comparar esta notícia com aquela outra, segundo a qual o Governo de São Paulo seria investigado por publicidade... fora de SP.

Uma campanha é premiada, a outra é investigada. Qual a diferença?

No primeiro caso (Ministério da Saúde), trata-se de uma campanha para sensibilizar e modificar o comportamento da população.

No segundo caso (SABESP), qual foi o objetivo da estatal? Divulgar obras e resultados? Fora de sua área de atuação? Por que???

Por que estatais, de todas as esferas, gastam tanto dinheiro fazendo campanhas em rádio e TV? Não seria mais sensato fazer como a Petrobras, que criou um blog na internet?

O critério de decisão deveria ser simples: se o que o Governo ou estatal tem para comunicar são fatos e ações, utilize a internet. Até porque, em 30 segundos, o máximo que dá pra fazer é propaganda.

A única situação em que a publicidade de rádio e TV são aceitáveis são quando tem como objetivo mudar o comportamento da população: campanhas de doação de órgãos, vacinação, etc, são bons exemplos.

Para todas as formas de prestação de contas, o veículo mais adequado é a internet. Se possível com bancos de dados que possam ser pesquisados, em formatos abertos (HTML, XML, feeds RSS) -- sai muito mais barato do que uma única campanha de rádio e TV. (Se houver interesse para tanto.)

É bom lembrar que a Internet já ultrapassou a TV como meio de informação.

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