"O presidente do Senado, José Sarney, anunciou agora há pouco que a Casa deve reduzir de 181 para sete o número de diretorias na estrutura funcional. A medida é uma das sugestões apresentadas no projeto de gestão elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) à pedido do próprio Sarney. Além disso, o plano prevê também a redução em 50% nos cargos de direção intermediária, uma diminuição em 30% na atual estrutura administrativa do Senado, e a redefinição da estrutura hierárquica da Casa.
As medidas, entretanto, não são imediatas. Segundo Sarney, elas devem ser aplicadas em 60 dias. Há dois meses, a FGV começou a analisar a estrutura funcional do Senado. O relatório apresentado na manhã desta terça-feira aponta que existem efetivamente 41 diretorias na Casa. Para chegar as 181 anunciadas, seria preciso somar 69 posições intermediárias e 71 cargos com status de diretor.
Devem permanecer apenas sete diretorias: Consultoria Legislativa, Consultoria de Orçamento, Secretaria de Comunicação Social, Secretaria Geral da Mesa, Diretoria Geral de Administração, Secretaria de Tecnologia e Unilegis. Mas isso pode mudar. Sarney vai deixar o projeto de gestão na internet por 30 dias, para receber sugestões de senadores e funcionários. Aí, seria necessário mais um mês para as sugestões serem incorporadas e o trabalho comece.
Segundo Sarney, a atual estrutura do Senado será reduzida em 30% agora, e em seis meses pode ultrapassar esse percentual. Para o senador, a medida é revolucionária. "Em poucos meses reduziremos 40% da estrutura atual. Alguns problemas que enfrentamos são vergonhosos, eu reconheço", afirmou." (Fonte: Congresso em Foco)
Mas já há sinais de que a mudança será menos radical do que aparenta:
"A tão aguardada reestruturação administrativa do Senado preparada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) está propondo mais uma mudança de nomenclatura dos cargos de direção que do que um corte efetivo de funções. Se o Senado adotar a proposta da fundação, funcionários que ocupam algumas das funções que serão rebaixadas não sofrerão corte de salário. Alguns deles terão até aumento.
- São mantidos os salários, mas se perde o status. A redução de despesa é muito pouca, não é significativa - disse Gilnei Mourão, um dos diretores da FGV." (Fonte: O Globo)
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