2009-03-22

A última da VEJA

Você ouviu a última da VEJA? Lá vai...

"O delegado Protógenes Queiroz foi indiciado na semana passada pela corregedoria da Polícia Federal por vazamento de informações sigilosas e violação da lei de interceptações telefônicas, crimes praticados durante a operação que resultou na prisão e na condenação do ex-banqueiro Daniel Dantas.

Durante um ano e meio, o delegado comandou uma ousada máquina de espionagem clandestina contra políticos, jornalistas, advogados e autoridades – como demonstram documentos apreendidos em seu computador pessoal –, entre as quais figuras notórias da República, como os ministros Mangabeira Unger e Dilma Rousseff, além do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes."


Como assim???

Depois de toda a auditoria realizada pela CPI, pela VEJA, e pelo Corregedor Vazador da PF, ainda não encontraram *nenhuma* evidência de escutas ilegais. Como ficam então todas as acusações da revista, repercutidas pela grande mídia? Gradualmente a acusação se transforma em uma “ousada máquina de espionagem clandestina”, e o grande erro de Protógenes teria sido o compartilhamento de informações com agentes da Abin -- que faziam parte da investigação!

Sobre este assunto, escreve o jornalista Luis Nassif:

"O juiz Ali Masloum liberou o sigilo do inquérito sobre Protógenes, segundo ele, para impedir manipulação seletiva de textos.

A CPI recebeu e vaza seletivamente para Veja. Veja usa como quer. Todas as reportagens recentes de Veja - sublinho, todas - quando puderam ser confrontadas com as provas, eram manipulações grosseiras. Justamente por isso jamais apareceu o tal áudio da conversa de Gilmar Mendes e o senador Demóstenes.

E justamente por isso, o tal relatório público nunca foi divulgado, Veja faz o que quer desse relatório, que se baseou em material levantado no computador da mulher de Protógenes. Se é uma anotação, uma pesquisa de Google, uma pasta com informações de Internet, pouco importa. Tudo é tratado como se fosse grampo ilegal, investigação oficial sobre terceiros. E Veja espalha lama para todos os lados, na esperança de aumentar as resistências contra a divulgação das
descobertas da Satiagraha.

Só que a prova dos nove, o tal relatório, não aparece. Tudo porque a conclusão final do inquérito é que não se apurou nenhuma ilegalidade."

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