"Há uma nova tese que já estimulou muita discussão sobre os benefícios e os custos das leis de direitos autorais. Ela vem do historiador econômico alemão Eckhard Höffner, cujo trabalho foi resumido em uma edição do Der Spiegel intitulado "Ausência de Direitos Autorais: A verdadeira razão para a expansão industrial da Alemanha."
Höffner alega (de acordo com o artigo), que a quase ausência de direito de autor entre os séculos XVIII e XIX permitiu que a Alemanha lançasse as bases para a Gründerzeit -- a enorme onda de crescimento econômico que a Alemanha experientou no meio e final do século XIX.
Uma massa "incomparável de material de leitura estava sendo produzido na Alemanha", de 1830, observa Höffner. 14 mil publicações apareceu na região em 1836, amplamente distribuído, graças à presença de "plagiadores" -- editoras concorrentes sem medo de processos por infracção. O resultado foi um mercado do livro barato de restauração colectiva a uma leitura pública enorme.
Como um observador contemporâneo observou: "tantos milhares de pessoas nos cantos mais escondidos da Alemanha, que não poderiam ter pensado em comprar livros devido aos preços caros, têm construído, pouco a pouco, uma pequena biblioteca de reimpressões.
E esse discurso acadêmico animado não se concentrar apenas na poesia e filosofia. Incluiu tomos intermináveis sobre física, química, biologia e matérias de produção de aço, crucial uma nação que precisa dominar para lançar um vôo superior a revolução industrial." (Fonte: Ars Technica)
O Brasil observa, hoje, a consolidação de um oligopólio de grandes editoras dispostas a explorar o mercado do material didático.
A nossa proposta é responder com um modelo similar em espírito ao software livre, mas voltado à educação: o Material Didático Livre.
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