"Obama é o político que reinventou a arte do discurso no Ocidente. A habilidade de políticos era medida por sua capacidade oratória até o fim da era do rádio. A televisão mudou essa linguagem, exigindo frases cada vez mais curtas. O grande talento para um político passou a ser a capacidade de emanar empatia pela tela da tevê.
Com seu discurso sobre relações raciais nos EUA, durante as primárias do Partido Democrata no ano passado, Obama mudou o jogo. O YouTube reinventou o rádio de certa forma: ao longo dos dias seguintes ao discurso, cada qual em seu tempo, os eleitores norte-americanos foram à Internet ouvir os quase 50 minutos daquele discurso de Obama com calma. Em geral, diz-se que a Internet acelera o tempo. Nem sempre. Às vezes, faz o oposto. Dá tempo para que uma mensagem um pouco mais complexa do que permitem os 30 segundos de tevê tenha chance de reverberar.
O que o presidente dos EUA tentou fazer ontem, no Cairo, é repetir o fenômeno do discurso sobre raça. A dúvida é o filtro cultural: do outro lado não estão norte-americanos, nem gente que foi educada num ambiente de cultura européia.
Ainda assim, ele conta com a Internet para que milhões de pessoas em todo o mundo muçulmano o ouçam ao longo dos próximos dias e semanas. Foi, como no caso do race speech, um discurso longo. Seu alvo são jovens. Jovens, afinal, são os que têm acesso à Internet. E, não custa lembrar, é via Internet que a al-Qaeda distribui seu material inflamatório. É via Internet, com discursos gravados em áudio e em vídeo, que a al-Qaeda seduz mentes. É neste mercado que Obama decidiu entrar. Sua aposta é de que conseguirá plantar um dúvida na mente de incontáveis jovens muçulmanos de 13, 16 ou 19 anos. Ele só precisa disso: plantar a dúvida." (Fonte:Pedro Doria)
2009-06-07
Qual a estratégia de Obama para lidar com o terrorismo
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Os discursos de OBAMA, não seria uma estrategia para usar do soft power, como ja foi usado por criticos contra a missão de paz no Tahiti, com uma forma de isolar os extremistas pregando o livrearbitrio que não existe no mundo islamico?
ResponderExcluirO soft power, faz com que o "amor e carisma brasileiro" deem esperança aquele povo, mostrando se presente na sociedade, coisa que exite muito pouco no Brasil com relação aos militares perante a população e muito menos com relação ao Estado nas favelas do Rio de Janeiro. Assim Obama o mundo eslamico tem espaço no mundo sem o extremismo.
O soft power talvez seja a saida mais barata e eficiente contra o mal e o futuro do capitalismo.
Fernando Corrêa
Curitiba PR
O primeiro comentario esta com alguns erro, então postei novamente.
ResponderExcluirOs discursos de OBAMA, não seria uma estrategia para usar do soft power, como ja foi usado por criticos contra a missão de paz no Tahiti, como uma forma de isolar os extremistas pregando o livre arbitrio que não existe no mundo islamico.
O soft power, faz com que o "amor e carisma brasileiro" deem esperança aquele povo, mostrando se presente na sociedade, coisa que exite muito pouco no Brasil com relação aos militares perante a população e muito menos com relação ao Estado nas favelas do Rio de Janeiro. Assim Obama mostra ao mundo eslamico tem espaço no mundo sem o extremismo.
O soft power talvez seja a saida mais barata e eficiente contra o "mal" e o futuro do "capitalismo" e a nova ordem mundial.
Fernando Corrêa
Curitiba PR