"Todo presidente dos Estados Unidos, desde Ronald Reagan, declarou Guerra contra as Drogas — eu calculo que nos últimos 25 anos já cobri cinco guerras contra as drogas distintas. Bilhões foram jogados no ralo desde a declaração de guerra de Reagan em 1982 e a palavra “guerra” se tornou um negócio muito maior desde então. Para os cartéis, a “guierra” ajuda a sustentar os preços e impulsiona o lucro. Para os guerreiros da droga, a “guerra” é a galinha que põe ovos de platina e faz os orçamentos de segurança se multiplicarem. Quanto maior a ameaça, maior o lucro. (...)
O que Washington quer do México? Quanto a segurança, os Estados Unidos buscam controle total do aparato de segurança. Com a criação do NORCOM (Comando do Norte) desenhado para proteger a massa territorial dos Estados Unidos de ataques terroristas, o México é considerado parte do perímetro sul de segurança e os aviões militares dos Estados Unidos têm carta branca para penetrar em espaço aéreo mexicano. Além disso, o Acordo de Prosperidade e Segurança da América do Norte (ASPAN, nas iniciais mexicanas) busca integrar os aparatos de segurança das três nações do NAFTA sob o comando de Washington. Já a Iniciativa Mérida, assinada por [George] Bush II e [Felipe] Calderon no inicio de 2007, permite a colocação de agentes armados dos Estados Unidos — FBI, DEA, CIA, ICE — em solo mexicano. Agentes de empresas privadas, como a Blackwater, não tardarão. Guerras tem sido deflagradas por contratos governamentais de 1,3 bilhão de dólares, orçamento do plano, dinheiro que irá diretamente para empresas de defesa dos Estados Unidos — esqueçam os intermediários mexicanos. (...)
Aqueles de nós que nos opusemos a todas as guerras dos Estados Unidos, do Vietnã ao Afeganistão, devemos exigir o fim da Guerra contra as Drogas da Casa Branca." (Fonte: CounterPunch)
2010-05-09
Guerra contra as drogas: o que os EUA querem com o Mexico?
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